Finalmente começarei a falar sobre um assunto super pedido pelos leitores: Dinâmica!!

Dominar a técnica que explicarei hoje permitirá (do ponto de vista da respiração) que você cante do pianíssimo ao fortíssimo e, na minha opinião, é um dos recursos mais divertidos de dominar! 😀

Para acompanhar a explicação de hoje é essencial a leitura e profunda compreensão dos seguintes posts:

  1. Técnica Standard X Recursos:  pois consideramos mf uma dinâmica standard e todas as outras recursos;
  2. Gradação de costelas: pois a técnica consiste em alterar o nível de abertura das costelas para cada dinâmica standard;
  3. 1ª fase da Posição: é necessário ter pelo menos a 1ª fase da posição totalmente dominada para começar esse estudo, idealmente eu prefiro que a 2ª fase também esteja dominada mas não é obrigatório;
  4. Técnica Standards de Respiração: é necessário ser mestre do ar – level 1 para avançar para o level 2;
  5. Ser Artista: pois escolhas de dinâmica devem ser escolhas artísticas e não puramente um exercício de controle de ar.

Para manipular a dinâmica do ponto de vista da respiração devemos controlar e alterar duas características do ar ao mesmo tempo, sua quantidade e sua pressão.

Para variar a pressão usaremos a gradação de abertura das costelas, usando da posição 4 a posição 10. Quanto mais piano quisermos mais abertura de costela será necessário e quanto mais forte menor abertura. Eu uso das posições 4 a posição 10 porém isso deve ser testado e treinado pouco a pouco pois quando saímos da posição standard (posição 7 – em mf) estamos expondo o corpo a tensões que podem, além de produzir sons descontrolados, fazer mal para sua saúde vocal. Portanto esse treino deve ser gradual para ter um bom controle e aumentar sua gama de variações de dinâmica.

Para variar a quantidade usaremos o tônus da musculatura abdominal que está fazendo o movimento da sustentação, consideraremos aqui o tônus muscular a quantidade de contração dessa musculatura. Portanto variaremos o quanto esta musculatura está contraída (durinha) durante o movimento da sustentação. Atente bem para esse ponto, esse aumento ou diminuição da contração não pode de forma alguma parar o movimento da sustentação, caso isso ocorra você terá um som empurrado quando o tônus estiver aumentado e o som quebrará quando ele estiver diminuído demais. Quanto mais forte desejarmos o som. mais contração abdominal será necessária, e menos quando o objetivo for o piano.

Creio que a parte teórica desse controle é bem fácil de entender, o difícil mesmo é treinar (passarei alguns exercícios mais para frente) e conseguir fazer essas trocas de movimento de forma suave e imperceptível. Esse tipo de controle é uma coordenação muito fina e precisa de muito treino para ser dominada.

Não se esqueça de zerar o placar da tensão ao utilizar qualquer dinâmica que não seja mf, pois para isso será necessário o uso deste recurso de hoje e, como todos os outros recursos, ele acumulará mais tensão que o normal, quanto mais distante for sua dinâmica do mf mais tensão será acumulada.

Nunca imite um movimento de outro cantor, cada instrumento é diferente

e pode ter diversas alterações devido a conformações musculares próprias. 

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