Compartilho com vocês um breve texto excelente postado hoje pelo Dr. Reinaldo Yasaki.
Envelhecimento da Voz Artística e Cantada: Muito mais Biomecânico- funcional do que Hormonal ou Estrutural.
Cantar deve ser um treino diário para o cantor profissional, o que sempre deve incluir todos os distintos modos e estilos que este pratica ou deseja seguir cantando. Sem estudo com o professor de canto ou coach, ajustes distintos podem ocorrer ao longo dos anos, determinados por predominância de repertórios em relação a outros, causando limitação igual da capacidade de fazer todas as tarefas vocais de outrora. Não existe, em minha opinião, memória eterna para estes finos ajustes, mesmo nos cantores experientes, pois tais ajustes necessitam de ser exercitados para manter fácil o grau de alongamento e flexibilidade, capacidade de contração, massa muscular, potência e velocidade de ação, de todos os órgãos que compõem o trato vocal e a laringe. O envelhecimento da laringe e do trato vocal também são fatores de perda de ajustes, e caberá à ciência da laringologia verificar COMO e em que época iniciar reposições hormonais, masculinas e/ou femininas, ou injeções nas cordas vocais, para que a carreira de voz cantada possa se prolongar, à medida da conformidade com a idade mental sempre jovem dos artistas. Enquanto esses dados ainda não vem, tudo que nos resta é manter a “forma” da voz, com o professor de canto. Médico evita tratar de sua própria doença e de seus familiares porque não está totalmente inerte profissionalmente para tal feito, por isso, também busca médicos para ser mais bem tratado. O cantor também deve ser cuidado por outro professor de canto, mesmo após décadas de experiência, para que alguém cuide de manter todos os instrumentos artísticos e operacionais da voz cantada sempre tinindo. Otorrino e fonoaudióloga servem para momentos de dificuldades maiores e retorno à saúde, enquanto o professor de canto mantém o sistema vocal em equilíbrio e eficiente.
Reinaldo Yazaki