O Exercício de hoje é para trabalhar a 2ª fase da posição, da qual falei no último post (leia-o aqui antes do de hoje).

A ideia de uma 2ª fase é importante para deixar claro que algo (a 1ª fase) deve ser feito e dominado antes de chegar a este exercício e também para nos dar a ideia de ligação entre vários elementos da técnica.

Aproveitando essa união de vários elementos, esse exercício também unirá outros exercícios dos quais já falei antes, pois a ideia aqui é começar com o que já foi trabalhado (e dominado) e acrescentar o 5º elemento (a laringe).

Explicação geral do exercício:

  • Comece pela fase 2 do vocalise do V mantendo posicionadas de forma correta, durante toda a fonação, as estruturas da 1ª fase da posição;
  • Na última nota da escala descendente, troque o V pela sua melhor vogal (vide explicação detalhada abaixo);
  • Fase 1 –  Mantenha essa vogal de forma longa e vá relaxando e abaixando a laringe, como foi treinado no exercício do vooooo fantasmagórico, sem perder o posicionamento das outras estruturas;
  • Fase 2 – Quando o posicionamento da laringe já estiver ocorrendo de maneira rápida e sem nenhuma perda no posicionamento das outras estruturas, faça então mais uma escala, como no início do exercício, mas dessa vez usando a vogal escolhida e mantendo agora as 5 estruturas no lugar;
  • Fase 3 – Repita o mesmo exercício da fase 2 porém, ao mudar do V para a vogal, já mude com o posicionamento da laringe;
  • Fase 4  – Elimine a primeira escala do exercício (a do V) e ataque direto a vogal com os 5 elementos da posição no lugar e equilibrados.

Explicação detalhada do exercício:

  • Inspire relaxadamente;
  • Junte as pregas vocais, suba os zigomáticos, suba o palato, relaxe a língua apoiando sua ponta na parte de trás dos incisivos inferiores;
  • Ataque a letra V de forma sonora e suba até a quinta do acorde em graus conjuntos e volte;
  • Execute o exercício o mais legato possível, como se você estivesse esticando um chiclete;
  • Mantenha as quatro estruturas posicionadas no início (pregas vocais, zigomáticos, palato e língua) no mesmo lugar, sem oscilações, no meio do exercício;
  • Na última nota da escala descendente, troque o V por uma vogal (recomendo que comece pela sua melhor vogal, aquela em que você sente mais facilidade para manter a Posição correta. Caso você não saiba qual ela é, leia este post e teste uma por uma, prestando atenção em qual sente mais facilidade, começando pela vogal “i” . Fique atento, a mudança deve acontecer em legato, ou seja a vogal deve vir da consoante como em um monossílabo. No caso da vogal “i”, por exemplo, do “v” se passa pelo monossílabo “vi” e depois se segue com a vogal “i”);
  • Fase 1 – Mantenha essa vogal de forma longa e vá relaxando e abaixando a laringe, como foi treinado no exercício do vooooo fantasmagórico, sem perder o posicionamento das outras estruturas:
    • Uma imagem interessante que pode ajudar nesse momento é imaginar que seu pescoço está se expandido para os lados como uma cobra Naja;
    • Coloque a mão na sua laringe e sinta ela se relaxar, expandir e abaixar na sua mão (atenção para não apertar, é apenas para encostar na laringe!);
  • Fase 2 – Quando o posicionamento da laringe já estiver ocorrendo de maneira rápida e sem nenhuma perda no posicionamento das outras estruturas faça então mais uma escala como no início do exercício mas dessa vez com a vogal escolhida e mantendo agora as 5 estruturas corretamente. (As escalas devem ser em um único ar, portanto preste atenção no seu movimento de sustentação. Se sentir necessidade, faça uma rearticulação de costela para cada uma das notas agudas da escalinha – a quinta do acorde);
  • Fase 3 – Repetir o mesmo exercício da fase 2, porém ao mudar do V para a vogal já mude com o posicionamento da laringe (elimine, assim, a fase do movimento da laringe durante a vogal, perfeitamente coordenado com a mudança para a vogal a laringe já deve ir para o seu lugar);
  • Fase 4  – Elimine a primeira escala do exercício (a do V) e ataque direto na vogal com os 5 elementos da posição no lugar e equilibrados. Ou seja, é nesta fase que o domínio completo da posição ocorre, quando já é possível iniciar um som com a Posição correta e mantê-la durante toda a frase musical.

Nunca imite um movimento de outro cantor, cada instrumento é diferente

e pode ter diversas alterações devido a conformações musculares próprias. 

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