A hipermobilidade ainda é pouco avaliada e tratada pelos profissionais da saúde, normalmente apenas os casos mais evidentes são identificados. O grupo de hipermóveis que mais sofre com a falta de diagnóstico são os não flexíveis.

A principío parece uma contradição imaginar que uma pessoa hipermóvel não seja flexível, porém isso acontece em muitos casos, nem podemos dizer que seria algo raro.

Uma consequência da hipermobilidade é o excesso de contração muscular como forma de proteger e estabilizar o corpo, esse excesso se apresenta de diferentes formas em cada indivíduo:

  • cansaço/fadiga constante;
  • tensão muscular na musculatura superficial e falta de contração na musculatura estabilizadora (mais profunda);
  • desloques de articulações (o excesso de contração pode “puxar” uma articulação para fora do lugar);
  • assoalho pélvico hipertenso e suas disfunções por conta disso;
  • perda de flexibilidade por excesso de contração muscular (e aqui estão os hipermóveis não flexíveis!!).

Nesses casos a Escala de Beighton (tem post já falando sobre ela e sobre a hipermobilidade articular, leia aqui) pode dar falso negativo para a presença da hipermobilidade e é necessário uma avaliação mais global das características do indivíduo e avaliações manuais de mais articulações e não só as avaliadas na escala. É necessário que o profissional seja especialista em hipermobilidade para efetuar uma correta avaliação e tratamento, visto que atualmente ainda é um conhecimento não presente nos cursos de graduação.

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