Chamamos de Hipermobilidade Articular (HA) quando uma articulação é capaz de ir além da amplitude de movimento esperada para aquela articulação.

Podemos encontrar a HA em uma ou mais articulações do corpo e ela pode ser nata ou adquirida.


Quando presente em mais de 5 articulações de forma nata (sem ter sido desenvolvida em treinos de flexibilidade) consideramos então que a razão da hipermobilidade é sistêmica, normalmente por alterações na produção de colágeno. Aliada a outros sintomas podem ser diagnosticadas como Síndrome de Ehlers-Danlos (SED), principalmente o subtipo hipermóvel (SEDh) ou Transtornos do Espectro da Hipermobilidade” (TEHs).
Independente da causa da HA e de ser em apenas uma articulação ou generalizada todas as Hipermobilidades Articulares precisam de tratamento e/ou acompanhamento pois podem causar consequências deletérias ao indivíduo.

A Escala de Beighton é o método mais usado para avaliar hipermobilidade articular generalizada:
A escala vai de 0 a 9 pontos e é considerado com hipermobilidade generalizada tendo 5 pontos ou acima:
A – Dedinhos – Apoie o antebraço em uma superfície mantendo o cotovelo em 90º, puxe o dedinho para trás.
Sendo maior que 90º de amplitude marque 1 ponto para cada lado.
B – Polegares- Flexione o punho para baixo o máximo possível e depois puxe o dedão em direção ao antebraço. Some um ponto para cada dedão que encostar no antebraço.
C – Cotovelos – Estique os cotovelos o máximo que puder, se o ângulo inferior for maior do que 190º some 1 ponto para cada cotovelo (pelo menos 10º acima do standart 180º).
D – Joelhos – Em pé, com os joelhos travados (esticados para trás o máximo possível), se a parte inferior da perna se projeta a frente mais de 10º em relação a coxa some 1 ponto para cada joelho.
E – Coluna – Flexionando-se a frente, se conseguir colocar as duas palmas das mãos totalmente no chão sem dobrar os joelhos some 1 ponto.

Um mito muito comum sobre os Transtornos do Espectro da Hipermobilidade (TEHs) é que esta é uma condição rara. Porém, a prevalência que encontramos nos estudos científicos é relativamente alta, apontando para uma condição bem mais comum do que imaginamos.
Em uma revisão sistemática de 2020 os autores apontam para uma prevalência de 4% a 38,5% da população com TEHs, essa variação grande na prevalência ocorre pois em diferentes grupos a prevalência acaba aumentando. Os autores também apontam prevalência maior em mulheres e populações de descendência africana ou asiática. De uma forma geral a média seria de 1 pessoa com para cada 10, com leve aumento para os grupos antes citados.

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